15 anos de Familiar to Millions, um disco que capta
a grandeza do Oasis e de suas canções num show memorável no “Maracanã” inglês.
Apesar de todas as controvérsias, declarações
polêmicas e brigas entre os irmãos Gallagher, o Oasis até o seu fim em 2009, se
manteve como uma das maiores bandas da história do frutífero rock inglês, sempre tendo sucessos comerciais a cada lançamento . Mesmo que o Oasis lançasse
álbuns que a crítica “torcesse o nariz”, uma coisa seria certa: Sempre haveriam hits radiofônicos que fariam muito sucesso
na mídia em geral e agradariam os
fãs, de forma que nenhum crítico poderia estragar a grandeza dessas canções.
Esse foi o caso do quarto álbum do Oasis, o
Standing on the Shoulder of Giants (2000), que marcou a passagem da banda
do seu clássico som britpop dos anos 90 para novas sonoridades, como a
psicodelia de “Who Feels Love” e o rock progressivo de “Gas Panic!”. Apesar de não ter sido tão bem recebido, o
álbum teve grandes hits como “Go let it Out”.
Da
turnê deste álbum é que vêm o único disco ao vivo lançado pela banda, o
memorável Familiar to Millions
(2000), que conta com tanto hits da era britpop quanto com músicas do álbum da
turnê. Foram duas noites no antigo Wembley Stadium, 21 e 22 de Julho, com cada
uma tendo cerca de 70.000 mil pessoas de público, sendo que apenas o dia 21 foi
documentado no disco. O show, sem dúvida, é uma belíssima exposição de rock de
arena, pois além de conter grandes sucessos dos anos 90, como “Supersonic” e “Cigarettes
and Alcohol”, conta também com a partcipação contagiante de uma platéia
embebedada pelo som de hits homéricos como “Don’t Look Back in Anger” e “Wonderwall”,
que na medida do possível, faz o espectador do DVD se sentir em Londres.
Fizeram
15 anos deste show em 21 de julho deste ano, e mesmo após tanto tempo, o disco se
mantém firme como um fiel documento de uma virtude importante e distinta do
Oasis: ser uma grande banda de rock de arena sem precisar de espetáculos pirotécnicos,
luzes exageradas, bonecos gigantes ou qualquer outra coisa do gênero. Não que
isso seja um defeito, pois às vezes tais artimanhas são eficientes e
interessantes em shows como o do AC/DC, mas outras vezes, elas beiram o marasmo
e tiram o foco do que é mais importante para um artista: grandes interpretações de grandes músicas. Isso o Oasis fez muito bem, prova disso é a grandiloqüência
de Familiar to Millions. A sequência
final do disco não deixa dúvidas da potência do Oasis ao vivo: “Live Forever”, uma
das melhores letras escritas por Noel Gallagher, “Champagne Supernova”, a
balada mais chiclete do Oasis e a indescritível explosão de guitarras
distorcidas e melódicas de “Rock’ n’ Roll Star”, todas tocadas de modo mais
impressionante e emocionante do que no disco. Com certeza, o disco explora um
retrato ao vivo genuíno de uma das maiores bandas da história do rock.

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