segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Algumas boas músicas de 2015

VAI, PATTON!

Final de semestre, vestibular batendo na porta... Tempo livre é escasso. Logo, não ouvi todos os lançamentos que queria ter ouvido – como sempre – e muito provavelmente não ouvirei mais nenhum nesse quase fim de ano.

Mas isso não significa que não pude conferir o que anda sendo produzido de bom em 2015. Esse ano, a meu ver, foi bem satisfatório. O objetivo dessa lista é fazer um apanhado do que mais gostei resumido em músicas, meio que um best of de singles. Não tenho a pretensão de eleger melhores do ano ou algo do tipo, apenas relembrar e compartilhar o que agradou meus ouvidos

Obs.: em ordem alfabética.



Black AlienRock’n’roll (feat. Edi Rock)

O aguardado retorno de Black Alien ao estúdio após 11 anos com “Babylon by Gus Vol. II: O Ano do Macaco” foi aquém do esperado. Trouxe, contudo, algumas pedradas dignas da carreira do rapper carioca. Rock’n’roll é uma das mais destacáveis do novo trabalho, não só pela base pesada e letra pertinente, mas também por contar com o veterano Edi Rock, dos Racionais MCs, dividindo os microfones com Gustavo. O resultado é destruidor.



BjörkLionsong

A sempre peculiar Björk compôs “Vulnicura” como forma de se recuperar da instabilidade emocional que ela viveu após seu conturbado divórcio. O álbum possui uma sonoridade exótica cheia de nuances e experimentações, sendo a belíssima Lionsong um perfeito exemplar desses aspectos. Detalhe para as percussões e os instrumentos de cordas, ambos elementos frequentes no último disco da islandesa.


Faith No MoreMotherfucker

O sensacional show do Faith No More no Rock in Rio na última sexta-feira me obrigou a conferir o material dos caras. Comecei por “Sol Invictus”, e a experiência foi satisfatória. Escolhi Motherfucker por esta já ter se tornado a abertura definitiva das apresentações da turnê atual da banda e ser uma amostra bem dosada de toda a irreverência e competência de Mike Patton e companhia. Get the motherfucker on the phone!!!


GhostFrom The Pinnacle To The Pit

Nunca havia dado muita atenção aos suecos do Ghost; minha remissão foi a melhor possível. “Meliora” foi, sem dúvidas, a maior surpresa que tive esse ano.  Apesar de não ser a minha favorita do disco – o título vai para Mummy Dust –, From The Pinnacle To The Pit é um hard rock tão bom que não poderia ser deixado de fora. Retrô sem ser cópia da cópia, perfeito para ser entoado por estádios inteiros.


Luiza LianEscuta Zé

Luiza Lian é uma cantora paulista que surgiu na cena recentemente com seu disco homônimo. Acompanhada por uma banda que conta com Martim Bernardes e Guilherme D’Almeida (O Terno), entre outros, sua notável voz casa perfeitamente com o misto de passado e presente dos elegantes instrumentais. Escuta Zé, ácida e necessária, é o grande destaque.  



MotörheadElectricity

“Live fast, die young”, bradavam os punks mais inconsequentes. No caso de Lemmy Kilmister, o lema tem que ser adaptado para “live fast, die old”. O baixista, vocalista e dono de uma das maiores instituições do heavy metal mundial foi tão inconsequente quanto seus contemporâneos de calça rasgada e jaqueta de couro, e agora sofre as consequências. Mas o gosto pelo barulho não abandonou o inglês no alto dos seus 70 anos, felizmente. Electricity, faixa de "Bad Magic", é tudo o que o Motörhead sempre foi: direto, reto e pesado. E sensacional.


Napalm DeathMetaphorically Screw You

À semelhança do Motörhead, seus conterrâneos do Napalm Death tem uma longevidade invejável e, mais que isso, uma capacidade impressionante de reinvenção. Se a partir da década de 1990 eles abraçaram de vez a mescla de death metal com grindcore, no momento vem incrementando essa fórmula da melhor maneira possível. “Apex Predator – Easy Meat” prossegue com a barulheira profissional de “Utilitarian” (2012) e tem várias pérolas da porradaria, sendo Metaphorically Screw You uma das mais memoráveis.


St. VincentTeenage Talk

Impossível não mencionar a artista mais interessante dos últimos tempos. Depois do autointitulado do ano passado, Annie Clark embarcou em uma turnê extensa, inclusive tocando no Lollapalooza Brasil. Enquanto o álbum novo não chega, os fãs se contentam com Teenage Talk, uma balada nostálgica, minimalista e maravilhosa.



Viet Cong Continental Shelf

Coincidentemente, a última música dessa lista é a que eu mais ouvi ao longo desses meses. A fórmula é simples: pós-punk na escola do Joy Division e The Cure. Ou seja, produção cheia de ecos e delays, bateria tribal e clima sombrio. O Viet Cong estreou esse ano com um dos trabalhos mais expressivos de 2015 e ainda vai fazer muito barulho por aí. Por ora, Continental Shelf é uma das minhas músicas favoritas.  

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